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22 November 2024

Rede Record inicia série de demissões após prejuízo de R$ 500 milhões

Apresentadora Patricia Costa foi uma das primeiras a ser desligada da emissora

A Rede Record iniciou uma série de demissões, nesta segunda-feira (17), em suas emissoras pelo Brasil para tentar ponderar suas contas depois de um prejuízo de R$ 500 milhões em sua operação de 2022, conforme o balanço anunciado pela emissora no mês de maio. As saídas começaram em São Paulo. Patrícia Costa, apresentadora com 16 anos de empresa, foi desligada. Outros profissionais de bastidores também.

De acordo com o Folha de S. Paulo, Patrícia foi comunicada do desligamento logo depois de apresentar a versão matinal do Jornal da Record 24h, por volta das 7h. O fato repercutiu rapidamente na redação, já que ela tinha longos serviços prestados para a empresa. Luiz Canário, diretor de apoio operacional do Jornalismo da Record, também foi avisado que não era mais contratado ainda nesta manhã.

O jornalista Georgios Theodorakopoulos, o Grego, que estava na Record desde 1992 e atualmente era responsável por reportagens esportivas, também foi dispensado da emissora. São esperadas mais demissões ao longo do dia em todo país. Carmem Falcão, diretora de produtos multiplataformas, foi outra dispensada.

Segundo o Folha, o perfil das saídas será de profissionais com alto salário, mas que têm pouco rendimento para a operação da Record neste momento. A ordem neste momento é economizar.

As demissões eram esperadas desde o início do mês. Na semana retrasada, a Record enviou dois executivos para se reunirem com Rui Costa, ministro-chefe da Casa Civil, e Paulo Pimenta, Ministro-Chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.

O CEO do Grupo Record, Marcos Vieira, e Alarico Naves, vice-presidente comercial da TV de Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus, se reuniram com Costa e Pimenta na sede da emissora no Distrito Federal. Executivos do Jornalismo e membros da Igreja Universal não estiveram presentes.

O diálogo entre os gestores e ministros fizeram os cortes serem adiados. Nos bastidores, a conversa foi vista como uma tentativa de impedir que as demissões fossem feitas.