Rodoviários deixam de circular no IAPI após incêndio de ônibus
Manifestantes colocaram fogo no coletivo na tarde desta segunda-feira (14).
Os rodoviários suspenderam a circulação de ônibus no bairro do IAPI, em Salvador, na tarde desta segunda-feira (14), segundo informações do sindicato da categoria. De acordo com o vice-presidente da entidade, Fábio Primo, a medida foi tomada após um coletivo ser incendiado por manifestantes no início da tarde desta segunda no bairro.
O ônibus incendiado, da empresa Litoral Norte, fazia a linha Pau Miúdo-Terminal da França. Não houve feridos. O ato teria ocorrido após algumas pessoas, entre elas duas crianças, terem sido baleadas durante uma troca de tiros entre policiais e suspeitos, no domingo (13), segundo informações passadas por moradores da localidade.
O vice-presidente do sindicato dos rodoviários afirmou que os veículos com destino ao IAPI estão parando no Largo do Retiro. “A gente parou de circular porque havia a ameaça de mais carros serem queimados no local. [Os ônibus] vão ficar próximo [do bairro], mas não vão entrar. Queremos a garantia de segurança total para voltar a circular pelo local. A polícia disse que está no bairro e que reforçou o policiamento, mas a gente ainda está se sentido inseguro”, disse Fábio Primo.
Um representante da empresa do ônibus incendiado informou que cerca de 10 pessoas obrigaram motorista, cobrador e passageiros a descerem, na Rua Conde de Porto Alegre, e, em seguida, colocaram fogo no veículo utilizando gasolina.
A ação ocorreu por volta das 12h30. Uma equipe do Corpo de Bombeiros foi chamada e conseguiu debelar as chamas, mas o ônibus foi totalmente destruído.
Durante a manifestação, populares também incendiaram objetos na pista em retaliação à ação que deixou feridos no bairro. “Teve um tiroteio ontem [domingo]. A polícia chegou atirando. No bairro tem ladrão mesmo, mas foi a polícia que atirou na casa dos outros. A criança de 13 anos foi atingida com um disparo de raspão na barriga e outra menina tá em casa com dois tiros na perna. Além disso, a mãe também foi atingida nas nádegas”, afirmou uma moradora, que preferiu não ser identificada.
Para saber sobre a ação ocorrida no domingo relatada pelos moradores, a imprensa entrou em contato com a Polícia Militar, na tarde desta segunda, e aguarda uma resposta da corporação.