Rogério Ceni se preocupa com a falta de gols do ataque: ‘Estamos sofrendo’

O Bahia finalizou a quinta rodada finalmente triunfando no Campeonato Brasileiro, em cima do Ceará por 1 a 0, na Arena Fonte Nova. Em duelo onde não houve muitas finalizações perigosas para o Esquadrão, Everton Ribeiro converteu o pênalti aos 59 minutos do segundo tempo, dando três pontos para seu clube. Rogério Ceni comentou em coletiva sobre a atuação da equipe e destacou a falta de efetividade.

“Razoável. Conseguimos chegar no último terço, mas com muita dificuldade para fazer gols. Acho que competimos, tivemos controle de jogo, mas temos sofrido muito para fazer gols, para criar oportunidades”, destacou Rogério. A partida contra o Ceará mostrou, mesmo com os “reservas”, que a criação de jogadas, em destaque, está lenta e muitas vezes ineficiente.

Ceni também destacou a falta de um jogador de presença de área, destacando que, em alguns jogos, um jogador de características de camisa 9 faz falta para o Esquadrão.

Um dos tópicos da coletiva é a questão dos atletas na DM, o problema mais preocupante é o calendário intenso que prevê 12 jogos até o fim do próximo mês.

“Eu entendo quando o torcedor não vê os dez que mais atuam em campo. A gente segue alguns indícios que os atletas dão, quando você tem algumas lesões, a tendência é ter mais se você continuar repetindo. A gente contratou para formar um elenco, não trouxemos ninguém bombástico, mas são todos ótimos, que chegaram para jogar e precisam de chances. A gente joga a cada menos de 70 horas e precisamos distribuir, se não, não vamos sobreviver. Rodamos o time e conseguimos vencer, foi importante. Vamos seguir nessa toada para tentar sobreviver a essa sequência muito pesada de jogos”.

Tendo muitos destaques da base no time, Rogério Ceni comentou sobre o uso dos meninos da base no time profissional: “Eu seria hipócrita se falasse que eles jogariam mesmo com os outros em condições. O Fredi tem muito potencial de crescimento, acho que futuramente tem potencial para ser titular do Bahia. Mas a gente usa mais garotos hoje porque nos faz falta os atletas lesionados. O Ruan Pablo tem 16 anos, agora que está jogando partidas mais fortes, competição Sul-Americana, mas ninguém está pronto com 16 anos. Se a gente tiver jogador lesionado, sim, a base vai ter mais oportunidade. Todos enfrentam essa realidade. Os confrontos do estado não amadurecem os jogadores tão rápido. Hoje, Ruan Pablo e Tiago, no último jogo Fredi, tiveram oportunidades, ajudaram o clube”.

Agora, Rogério se preocupará com a Libertadores e o Atlético Nacional-COL pela terceira rodada da fase de grupos. O encontro será disputado às 21h, nesta quinta-feira (25).