Salvador é a quarta capital em casos de tuberculose; 1.700 ocorrências com 105 óbitos
A capital baiana está ocupando o 4º lugar entre as capitais em caso de tuberculose, Salvador registrou em 2015 cerca de 1.700 ocorrências com 105 óbitos relacionados com a doença. Os dados foram divulgados pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), que alerta a população para a importância do diagnóstico precoce da doença.
O Instituto Baiano de Investigação da Tuberculose (IBIT), referência internacional sobre a enfermidade, registrou no ano passado, na capital baiana,um índice de cura de 87,7% e 3% de abandono do tratamento adequado, indicador superior ao exigido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A tosse por mais de três semanas é o principal sintoma da doença. Emagrecimento falta de apetite, dor no peito, cansaço, sudorese, febre, produção de catarro, e nos casos mais avançados, escarro com sangue são outros sinais da patologia.
De acordo com o médico clínico da rede de Atenção Básica do município, Afonso Roberto Batista, o contágio é por meio da saliva contaminada, quando alguém tosse, espirra ou fala muito perto do outro. “Através do teste rápido molecular feito gratuitamente nas unidades de saúde, identifica-se o DNA do bacilo e a resistência à rifampicina (medicamento para tratamento). Assim, evita-se que a doença se espalhe, pois quando o bacilo já está estabelecido, a chance é grande de passar para outra pessoa, principalmente familiares e pessoas próximas”, explicou.
A doença infecto-contagiosa preocupa e é uma das que mais provoca mortes no mundo. A maior dificuldade para eliminar a doença está no abandono do tratamento pelos pacientes que deve durar em média seis meses. A interrupção pode agravar a doença. Todas as pessoas que apresentarem os sintomas respiratórios persistentes há mais de três semanas devem procurar as unidades de saúde da rede municipal de Salvador. O tratamento é gratuito e deve ser iniciado de imediato.