Samu “opera” com apenas uma ambulância e sem central de chamadas na Grande Salvador
Ambulância é responsável por garantir o atendimento de pacientes em oito municípios
Os trabalhadores do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) de Camaçari, na RMS (região metropolitana de Salvador), denunciam o caos no sistema público. Uma ambulância é responsável por garantir o atendimento de pacientes em oito municípios e, para pior a situação, a central de chamadas não tem linha telefônica.
Na antiga base do Samu é possível encontrar macas abandonadas, material de resgate jogado no lixo e cilindros de oxigênio misturados com extintores de incêndio.
O serviço de atendimento mudou para uma nova sede, mas os problemas são antigos: macas no chão, lixo na porta e a única ambulância apresenta situação precária. O veículo chegou do conserto há poucos dias
Na base do Samu, as instalações estão em reforma. Tudo está improvisado, inclusive a regulação, setor que recebe e avalia os chamados. Os banheiros e quartos para descanso estão em condições inapropriadas.
O município deveria ter pelo menos cinco ambulâncias, sendo duas avançadas e três de suporte básico, e mais duas motolâncias para atender a uma população superior a 500 mil habitantes.
O Samu de Camaçari é uma unidade regional e, por isso, a demanda de serviço é grande. Mas, a falta de estrutura inviabiliza o atendimento à população.
Gleide Araújo, enfermeira, é obrigada a conviver com a inoperância do sistema, que não possui uma linha telefônica para acessar o Samu.
— Eles [solicitantes] chegam numa situação de desespero, que é totalmente fora do padrão, pedindo ajuda pessoalmente, porque não tem telefone e não tem como eles solicitaram [atendimento].