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18 October 2024
Santander e Bradesco têm interesse no fim do monopólio da Caixa na gestão do Fundo / Foto: Montagem Click Notícias

Santander e Bradesco têm interesse no fim do monopólio da Caixa na gestão do Fundo

O FGTS que é administrado pela Caixa Econômica Federal com o saldo de mais de R$ 300 bilhões, despertou o interesse de bancos privados. Segundo fontes do setor, instituições como Santander e Bradesco estão interessadas em quebrar o monopólio da Caixa e, nessa disputa, estariam dispostas a pagar mais pela poupança do trabalhador. O dinheiro depositado atualmente no Fundo rende 3% ao ano mais Taxa Referencial (TR), que está em 2% no acumulado em 12 meses, abaixo da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), de 9,49% em 12 meses.

 O indicador mede a variação do custo de vida de famílias com renda de até cinco salários mínimos, realidade de boa parte dos trabalhadores. Para os bancos, a principal vantagem seria o acesso a uma montanha de recursos, considerada estável, que lhes permitiria investir em projetos de longo prazo, com retorno atraente. Uma eventual mudança, mesmo que apoiada pelo governo dependeria do aval do Congresso.

O governo é a favor (da mudança no FGTS). Quando bater o martelo do impeachment, vai vir com ‘chumbo grosso’. A lógica já está formada diz João Augusto Salles, da Lopes Filho&Associados. E tudo o que os bancos querem é acesso a recursos estáveis, de longo prazo e barato.

Além de pôr a mão na bilionária poupança de milhões de trabalhadores, os bancos enxergam na gestão das contas do FGTS uma possibilidade de fidelização do cliente, que tende a concentrar suas movimentações financeiras em uma única instituição. Há ainda a remuneração pelo gerenciamento do Fundo. Em 2014, a Caixa recebeu R$ 4 bilhões pela prestação do serviço. Esse dinheiro é pago pelo próprio FGTS, que teve lucro de R$ 12,9 bilhões naquele ano, quando encerrou o exercício com saldo de R$ 328,2 bilhões. É o último balanço disponível.

Por Click Notícias