Saúde do DF começa a testar vermífugo em pacientes com coronavírus
A Secretaria de Saúde vai iniciar, nesta quarta-feira (22/7), um estudo inédito com o vermífugo nitazoxanida no tratamento do novo coronavírus. A informação foi adiantada pelo Metrópoles em 11 de junho, quando o portal revelou que a intenção da pasta era testar 500 voluntários.
O estudo é uma parceira do GDF com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. A ação tem caráter experimental e, neste primeiro momento, vai cadastrar participantes em tratamento na Unidade Básica de Saúde 9 de Ceilândia.
Serão selecionados pacientes com idade superior a 18 anos, infectados pela Covid-19 e que apresentam até o terceiro dia de manifestação clínica da doença ao menos dois sintomas mais comuns do coronavírus como, febre, tosse seca ou fadiga.
Os voluntários receberão os kits de medicamento juntamente com as instruções para o uso correto.
“Fármaco promissor”
A pasta explica que a nitazoxanida é um fármaco promissor, pois apresenta biodisponibilidade por via oral, assim como extenso uso comercial, envolvendo milhões de pacientes adultos e crianças em todo o mundo.
A nitazoxanida entrou no radar da população brasileira após o titular do Ministério da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, anunciar ter encontrado um medicamento já comercializado que apresentou 94% de eficácia em ensaios de laboratório contra o Sars-CoV-2
O remédio é utilizado para infecções do aparelho gastrointestinal provocadas por vírus, como o rotavírus, ou bactérias, como a ameba. O medicamento, em seu uso correto, tem contraindicações para pessoas com problemas no fígado ou nos rins.
Na primeira fase, 500 pacientes vão se revezar entre os que receberam o composto e os que ingeriram placebo (substância sem efeito algum). Na segunda, mais 500 doentes com quadro clínico considerado avançado serão orientados a fazer uso da substância.
A diferença entre as fases está na gravidade dos sintomas dos pacientes. Inicialmente, apenas pessoas com indícios mais evidentes, como febre alta e tosse, participarão do estudo.
Fonte: Metropoles