“Se a luz acabar, minha filha morre”, diz mãe que aguarda gerador
Moradora de Cabo Frio, Região dos Lagos, no Rio de Janeiro, Rafaela Ribas, de 13 anos, depende da energia elétrica muito mais do que qualquer adolescente de sua idade. A jovem, que tem paralisia cerebral, sobrevive com a ajuda de aparelhos conectadas à tomada o tempo todo.
Rafaela nasceu com paralisia, mas a doença piorou depois de uma cirurgia realizada no ano passado. De acordo com a família, a menina foi “esquecida” do balão de oxigênio. “Ela teve uma parada cardíaca e precisou ser reanimada. Injetaram até adrenalina”, indica.
No quarto de Rafaela estão conectados três cilindros de oxigênio, um aspirador nasal, um compressor que ajuda na respiração e evita episódios de apneia e um aparelho de ar condicionado, ligado 24h para previnir infecções.
Em entrevista à Inter TV, filiada da Globo, a mãe da garota, Simone Costa, explica que a queda de luz é algo bastante comum na região, o que gera preocupação. “Se faltar luz, minha filha morre”, pontua. As interrupções no fornecimento de energia são tão constantes que a Câmara dos Deputados, o Ministério Público do RJ e o Procon investigam o caso.
Simone conta que sempre que a luz cai a preocupação aumenta. Em um dos episódios, a concessionária de energia precisou realizar uma ligação entre postes para garantir o retorno da energia. “Se não fosse isso, eu teria ficado sem luz de 22h50 até 4h59, que foi o que aconteceu com o restante dos moradores. Minha filha teria morrido”, aponta.
A Enel, responsável pelo fornecimento de energia na região, prometeu que disponibilizaria um gerador para a família em poucas horas. A espera já dura um mês. “Minha pergunta é: Para que serve ser cliente vital se eu continuo sem luz quando há queda? A gente fica nessa apreensão 24h por dia”, questiona o pai, Rafael Ribas.