Se existe vacina para prevenir o HPV, por que não tomar?
Você sabia que o vírus do HPV é transmitido por via sexual sem camisinha e responsável por quase todos os casos de câncer de colo do útero nas mulheres? Além disso, você sabe que o vírus também pode causar tumor na vagina, vulva, ânus, orofaringe e, no caso de meninos, no pênis? Foi exatamente por tudo isso que eu (Fabi) não pensei duas vezes quando aos 26 anos a minha ginecologista Mariza Kataguiri recomendou a vacina.
Na época, ela me explicou que o ideal é tomar antes de ter o primeiro contato sexual, mas que mesmo na minha idade eu ficaria protegida. Desembolsei cerca de R$ 1.000 nas três doses (ainda bem que não precisei pagar tudo de uma única vez) e não senti nenhuma dor ou efeito colateral. Aí você pode pensar: “Mas é muito cara”.
Sei que o preço é um pouco salgado para muitos brasileiros (até para mim), mas quanto vale a nossa vida? Se existe uma vacina que previne o HPV — 2º tumor mais frequente na população feminina — por que não economizar em outra coisa e investir na saúde, já que o governo não faz isso por nós?
Como a eficácia da vacina é maior em mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual, o Ministério da Saúde está imunizando gratuitamente meninas entre nove e 13 anos. No meu caso, recebi a primeira dose, depois de dois meses fui na mesma clínica tomar a segunda e a terceira aplicação foi feita após seis meses da primeira.
O esquema do SUS (Sistema Único de Saúde) é outro, ou seja, a segunda dose é aplicada seis meses depois da primeira e a terceira após cinco anos. Calma! O pediatra Renato Kfouri explicou que essa estratégia é válida para meninas menores que 15 anos.
O mercado brasileiro disponibiliza dois tipos de vacina: bivalente e quadrivalente. A primeira previne contra os dois vírus mais graves do HPV (16 e 18) responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo de útero. Além desses dois tipos de HPV, a versão quadrivalente também previne contra os tipos 6 e 11.
No início desse ano, a Anvisa aprovou a vacina quadrivalente para mulheres de até 45 anos. A vacina também é indicada para meninos de nove a 26 anos. E aí, existe motivo para você impedir sua filha de tomar a vacina?
Por R7