Secretária de Rui é acusada de ter se ‘bolsonarizado’ ao fazer ressalvas contra uso de máscaras

A secretária estadual da Saúde (Sesab), Adélia Pinheiro, declarou, em entrevista à rádio Metrópole na manhã desta sexta-feira (18), que, neste momento, “não se justifica” a obrigatoriedade do uso de máscaras pela população – mas apenas, segundo ela, em unidades hospitalares.

“Falando bem claramente a recomendação ou obrigatoriedade do uso de máscaras se prende às unidades de saúde. Em unidades de saúde é obrigatório o uso de máscaras e isso protege trabalhadores, pacientes, familiares e acompanhantes”, disse.

Para a titular da Sesab, o uso do equipamento em outros ambientes seria uma “decisão individual”. “Com relação à obrigatoriedade em outros ambientes, nesse momento, não se justifica coletivamente. Portanto, é uma medida de decisão individual, cabe à pessoa para se proteger ou, no caso de sintomáticos, proteger a si e aos outros, trata-se de uma decisão individual”, disse.

Ela também ressaltou os efeitos colaterais do uso do equipamento, algo que nenhum especialista fez até agora, levantando críticas no próprio governo estadual, como a de que teria se “bolsonarizado”, uma referência ao presidente Jair Bolsonaro (PL), que sempre criticou as políticas de prevenção contra a pandemia.

“É importante falar que a máscara e a indicação do uso da máscara como medida protetiva ela não é desprovida de efeitos colaterais, nós vivenciamos a dificuldade de socialização de crianças que nasceram durante o período da pandemia, a dificuldade no desenvolvimento da oralidade de crianças, o desenvolvimento da fala e inserção social, o uso da máscara não é desprovido de efeitos colaterais”.

Na oportunidade, ela também defendeu a vacinação contra a Covid-19 para conter o avanço da doença na Bahia.