Segundo a OMS para combater o zika são necessários US$ 121,9 milhões
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou, nesta sexta-feira (17), uma atualização do plano estratégico de resposta ao vírus a ser posto em prática de julho de 2016 até dezembro de 2017. O plano requer um investimento de US$121,9 milhões de doadores.
A OMS tinha pedido US$25 milhões, mas recebeu apenas pouco mais de US$ 4 milhões. “O financiamento necessário não tem sido atendido em grande parte, tanto pela OMS quanto por seus parceiros”, afirma o documento.
O novo plano foi elaborado à luz das evidências científicas de que o vírus da zika tem relação com o nascimento de bebês com microcefalia e com o desenvolvimento da síndrome de Guillain-Barré.
Segundo o documento, a resposta à zika deve mudar de um cenário de emergência a uma abordagem de longo prazo, focando nas áreas de cuidados em relação às mães e seus bebês e saúde reprodutiva e sexual.
O plano enfatiza algumas características do vírus que devem ser levadas em conta globalmente: o potencial de expansão do vírus devido à presença do mosquito Aedes aegypti em várias regiões, a falta de imunidade da população onde o vírus chegou pela primeira vez, a inexistência de vacinas e a desigualdade no acesso a saneamento básico, informações e acesso a serviços de saúde nas áreas afetadas.
“A propagação do vírus da zika terá consequências para a saúde em longo prazo para famílias, comunidades e países cujos sistemas de saúde serão desafiados a cuidar de crianças nascidas com essas complicações pelos próximos anos”, afirmou a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, no documento.