Servidores protestam na Alba após suspensão de financiamento habitacional
Quase 70 servidores públicos, entre policiais e bombeiros militares, além de trabalhadores de outras pastas da gestão estadual, da capital e interior do estado, estiveram na tarde desta segunda-feira (5), na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), em busca de uma solução para o que eles classificam como um verdadeiro dilema. Segundo os agentes públicos, o subsídio oferecido à classe através do Programa Habitacional do Servidor Público (Prohabit), que consiste em financiar até 50% do valor da prestação, proporcional à renda de cada servidor, foi suspenso no início de setembro pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR), através da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (CONDER
Ainda de acordo com os servidores, os contratos em andamento também foram suspensos e não houve aviso prévio. Eles relataram à reportagem do Bocão News que foram pegos de surpresa e ficaram sabendo através da imprensa a suspensão do subsídio. Muitos dos trabalhadores relatam que pagaram valor referente à entrada do imóvel e agora correm o risco de perder a moradia e o valor pago. “Caso a gente não consiga pagar a parcela o imóvel, será configurada a quebra de contrato que resultará na perda da habitação e o valor pago”, disse uma policial militar que não quis ser identificada
O policial militar, Everaldo Carvalho Ribeiro, 36 anos, disse ao Bocão News que deu entrada de R$ 25 mil em um imóvel e paga parcelas de R$ 500, mas está sendo pressionado pela construtora a pagar o valor completo da prestação. “Sem o subsídio terei que pagar R$ 1,3 mil por mês. A construtora está pressionando a assinar contrato para pagamento de parcela cheia. Se eu não pagar poderá configurar quebra de contrato e eu perderei tudo”, desabafa o PM, que ainda disse ter outra preocupação. “Moro em área de risco em Feira de Santa, tenho duas filhas e tenho que andar com minha farda escondida para me manter seguro”.