Silvinei Vasques é preso por suposta interferência nas eleições de 2022
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil |
Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), foi preso preventivamente nesta quarta-feira (9), em Florianópolis (SC). Ele foi alvo da Operação Constituição Cidadã, que investiga suposta interferência no segundo turno das eleições de 2022. Vasques deve ser transferido para Brasília.
De acordo com as investigações, integrantes da PRF teriam direcionado recursos humanos e materiais com o objetivo de dificultar o trânsito de eleitores no dia 30 de outubro, segundo turno das eleições.
“Os crimes apurados teriam sido planejados desde o início de outubro daquele ano, sendo que, no dia do segundo turno, foi realizado patrulhamento ostensivo e direcionado à região Nordeste do país”, informou a Polícia Federal (PF).
No último pleito presidencial, Lula (PT) obtinha vantagem sobre Jair Bolsonaro (PL) no Nordeste, apontavam pesquisas de intenção de voto. Um dia antes do 2º turno, Silvinei Vasques declarou voto em Bolsonaro.
Além do mandado de prisão preventiva contra Vasques, policiais federais cumprem mais 10 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Rio Grande do Norte.
A operação também tem o apoio da Corregedoria Geral da PRF, que determinou que 47 policiais rodoviários federais prestem depoimento sobre o caso.
Os fatos investigados configuram os crimes de prevaricação (servidor público deixa de exercer o seu dever), violência política, e impedir ou atrapalhar a votação.
Vasques é investigado por improbidade administrativa por, supostamente, usar indevidamente o cargo que ocupava na PRF — em depoimento à CPMI do 8 de janeiro, ele negou interferências nas eleições.
Vasques é aposentado desde 21/12/2022, um dia depois de ter sido exonerado do cargo de diretor-geral da PRF.
(Com informações do Estadão Conteúdo)