Sucom está impedida de retirar material de campanha após imbróglio com blimps do PT
Foto: Evilásio Júnior
A Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo (Sucom) está impedida de retirar qualquer material de publicidade de candidatos em campanha em Salvador. A decisão foi anunciada na manhã desta quarta-feira (16) pelo chefe do órgão, Sílvio Pinheiro, em entrevista ao programa Acorda Pra Vida, da Rede Tudo FM 102,5. “Hoje existe uma liminar que impede que a prefeitura faça qualquer tipo de retirada de material publicitário de campanha, após a ação de retirada dos blimps na Barra [dos candidatos Rui Costa (PT) e Otto Alencar (PSD)]. A Sucom está contestando a ação. Eu e o prefeito [pessoas físicas] somos réus e vamos aguardar o que o TRE vai fazer. Mas a fiscalização, que é do TRE, contará com apoio da prefeitura”, assegurou o superintendente. Pinheiro criticou a forma como a ação foi movida, sem descredibilizar o Tribunal Regional Eleitoral. “Entendemos a posição do TRE. A petição e o registro fotográfico, com o que era conveniente para eles, é o que foi mostrado para essa decisão. Respeitamos o TRE e sabemos que as decisões são tomadas na técnica, na lei”, apostou. O superintendente lembrou que a parceria entre o Tribunal e a Sucom, durante as eleições, sempre existiu. “A Sucom sempre trabalhou em apoio ao TRE, através dos seus fiscais e de suas estruturas, já que o Tribunal não dispõe, muitas vezes, de carro para fazer as fiscalizações”, disse. O gestor ainda explicou o que aconteceu durante a convenção do PT, quando as peças foram retiradas. “As normas eleitorais permitem que no entorno do local onde ocorra a convenção, você pode ter publicidade. Mas, no dia da convenção do PT, bem longe do local onde aconteceu, já tinha material, ao longo da Avenida Paralela. A publicidade nas vias não era permitida, porque não estava no período eleitoral”, explicou. O titular da Sucom voltou a criticar os blimps colocados pelos candidatos do PT, na Barra. “Não sei se as pessoas que fizeram aquele ‘armengue’ têm noção do que significa aquilo para Salvador [as balaustradas onde o material foi amarrado]. Só fiz o trabalho que me cabia. Esse dois fatos geraram essa repercussão toda. Entendo a posição dele [Rui Costa], uma posição política. Cumpro minhas obrigações e dentre elas é fazer a defesa da cidade. Os candidatos têm de cumprir a legislação eleitoral. A Sucom não vai ter nenhuma ação de polícia política, como ele [Rui Costa] falou", reiterou.
*por Marcos Russo