Suíca fala que Lei Anticalote protege estado, mas não garante salários
Todos os contratos de terceirização do governo devem ser adequados à Lei Anticalote até 30 de setembro deste ano. Com isso, o setor está em polvorosa: funcionários denunciam falta de respeito às questões trabalhistas, micro e pequenos empresários temem uma série de demissões em massa e o Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Pública do Estado da Bahia (Sindilimp-BA), que representa os terceirizados, questionam a viabilidade da lei para quem de fato trabalha na área.
Em entrevista à uma rádio pela manhã desta quarta-feira (5), o vereador Suíca (PT) diz que a lei “anticalote” protege mas não garante pagamento de salários. “Eu já tive oportunidade de falar certa vez: uma pessoa ligou dizendo que o Sindilimp fez acordo com os empresários, e o Sindilimp não tem as chaves do cofre do governo. O Sindilimp tem cobrado os salários atrasados. Além do calote do governo, a lei protege: como você vai reter algo se você não paga? Estamos apresentando a lei, mas a lei do governo não garante o pagamento do salário em dia, e isso é extremamente complicado”, afirmou.
Hoje, 70% das escolas públicas estaduais estão sem funcionar, e Suíca credita o problema à falta de salários e vale-transporte para os terceirizados. “Não tinha um só aluno lá, hoje o Colégio Central está parado. A gente quer que o governo sente com o Sindilimp”, disse.
Suíca disse ainda que nunca teve oportunidade de sentar com Rui para tentar discutir a situação. “Tenho duas funções, de sindicalista e de vereador. O Sindilimp tem buscado essa conversa, e o governador tem que ter a sensibilidade para essas coisas”.
Metro1