Terapia genética faz seu primeiro teste humano para tratar forma mais comum de cegueira no mundo
Uma mulher de 80 anos do Reino Unido é a primeira paciente a fazer terapia genética para tratar degeneração macular relacionada à idade — a causa mais comum causa de perda de visão no mundo.
É muito cedo para saber se o procedimento funcionou, informa a BBC, porém, para milhões de pessoas em todo o mundo em risco de desenvolver degeneração macular relacionada à idade, ou DMRI, a intervenção experimental representa um marco médico importante.
A paciente, Janet Osborne, de Oxford, tem a doença em ambos os olhos, mas o esquerdo está mais afetado. O procedimento para tratar sua DMRI foi realizado pelo oftalmologista Robert MacLaren, da Universidade de Oxford, no Hospital John Radcliffe, em Oxford, de acordo com um comunicado de imprensa da universidade.
Osborne tem dificuldades com atividades cotidianas como costura, leitura e reconhecimento de rostos devido à má visão causada por sua condição, segundo a universidade. A mulher tem DMRI seca, também conhecida como DMRI atrófica, que é mais comum e mais difícil de tratar do que a forma úmida, ou neovascular. Na forma seca, as células na macula — parte da retina responsável pela visão central e foco fino — gradualmente morrem e não se reabastecem. Isso causa deterioração visual na forma de neblina, lacunas ou manchas quando uma pessoa olha diretamente para um objeto, enquanto a visão periférica permanece inalterada.
A DMRI é uma das principais causas de perda de visão no mundo e é a principal causa de perda de visão e cegueira em americanos com mais de 65 anos de idade, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA. O órgão adverte que entre 48 milhões e 88 milhões de americanos podem ser afetados até 2050.