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22 November 2024

Transplante de coração tem 386 pessoas na fila; Faustão pode ter prioridade

O apresentador Fausto Silva, o Faustão, pode ter prioridade na fila de transplante de coração diante da gravidade de seu quadro de saúde. O ex-funcionário da Globo, 73 anos, está internado desde o dia 5 de agosto no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Ele está na UTI, tratando uma insuficiência cardíaca, sob diálise e à base de medicamentos para ajudar o coração a bombear sangue.

 

Segundo os dados do Ministério da Saúde de 16 de agosto, 386 pessoas aguardam pelo órgão no Brasil. O país tem uma lista única com todas as pessoas que precisam de transplante, que é gerenciada pelo Sistema Nacional de Transplantes. Ao jornal Folha de S. Paulo, o médico João Vicente da Silveira, doutor em medicina e especialista em cardiologia, explicou que, após a inclusão, o paciente precisa esperar chegar a sua vez.

 

Mas, quando o paciente está muito grave, na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), o caso torna-se prioritário, diz o especialista.

 

“Esse paciente passa na frente. Por exemplo, o Faustão está hoje na UTI. Ele está tomando medicamentos na veia para fazer o coração bater mais forte. Só que isso é momentâneo. Isso não é eterno. Então como ele está com uma gravidade maior, ele ‘fura a fila’, mas tem que estar na UTI e ser justificado”, explica.

 

De acordo com Silveira, são vários os critérios para ter prioridade.

 

“O médico dele tem que colocar todos os critérios online, no sistema de transplante, que demonstra que ele está grave. Tem protocolos que ele precisa seguir. Você precisa inserir esses dados laboratoriais para mostrar que está muito grave e que tem de passar na frente”, afirma.

 

Regras para o transplante

 

Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e já estão aguardando em uma lista de espera unificada e informatizada. A posição na lista de espera é definida por critérios técnicos como tempo de espera e urgência do procedimento, compatibilidade sanguínea entre doador e receptor. A compatibilidade genética entre doador e receptores, quando necessária, é determinada por exames laboratoriais.

 

Outro fator importante é a localização, pois é necessário entender o tempo de duração do órgão fora do corpo. Dependendo do prazo, é preciso um avião para o transporte até o destino.