Travessia Salvador-Mar Grande segue insegura após tragédia que matou 19 pessoas

A morte de 19 pessoas que estavam a bordo da lancha Cavalo Marinho I, em agosto, não foi o bastante para uma melhora no serviço prestado na Travessia Salvador-Mar Grande. Reportagem divulgada nesta terça-feira (26) pelo jornal Folha de S. Paulo aponta que o transporte, que atende a quase cinco mil pessoas por dia, continua inseguro. As viagens seguem sem controle da identidade dos usuários, sem obrigatoriedade de uso de coletes salva-vidas e com déficit de fiscalização, já que não há agentes fixos no terminal de Vera Cruz.

“O sistema continua operando da mesma forma precária que antes. É como se o naufrágio não tivesse existido”, afirma a empresária e líder comunitária de Vera Cruz, Lenise Andrade, que faz diariamente a rota até a capital baiana.

A expectativa da Marinha é de finalizar o laudo sobre o acidente ocorrido em agosto até o dia 22 de janeiro. O descaso na prestação de serviços foi destaque em reportagem do Jornal da Metrópole em outubro.

Ainda de acordo com a força, um reforço de 60 militares para fiscalizar as embarcações na Baía de Todos-os-Santos está previsto para o verão. Entre as reformas estruturais, foram realizadas pequenas intervenções no terminal de embarque, além do reforço na iluminação na saída de Vera Cruz.

Foi construída uma sala para ser ocupada por um fiscal fixo da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba). No entanto, a reportagem confirmou que o posto segue vazio. (Por Matheus Simoni/Metro1)