O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou em entrevista coletiva na Casa Branca, nesta sexta-feira (29), que o país está encerrando relações com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Além disso, fez críticas ao modo como o órgão reagiu contra a pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2) e questionou o papel da China na entidade.
Durante o pronunciamento, o republicano não informou como será feito esse rompimento com a OMS. O presidente disse apenas que vai reposicionar o financiamento ao órgão, retirado em 14 de abril, para outras iniciativas do governo.
Trump também acusou a China de estar à frente das decisões da OMS, mesmo que Pequim financiasse menos o organismo do que os EUA.
“A China tem controle total sobre a Organização Mundial da Saúde, apesar de pagar apenas US $ 40 milhões por ano em comparação com o que os Estados Unidos estão pagando, que são aproximadamente US $ 450 milhões por ano”, afirmou.
O presidente ainda cobrou um posicionamento do país asiático sobre a pandemia da COVID-19. “O mundo precisa de respostas da China para o vírus. Nós devemos ter transparência. Por que a China afastou as pessoas infectadas de Wuhan para todas as outras partes da China?”.
“Não foi a Pequim, não foi a lugar nenhum, mas eles permitiram que viajassem livremente pelo mundo, incluindo a Europa e os Estados Unidos”, completou.
Ultimato
Na segunda-feira (25), Donald Trump publicou em uma rede social imagens de uma carta que enviou ao diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, informando que, se o órgão não se comprometesse com “melhorias substânciais” nos próximos 30 dias, ele iria transformar o congelamento temporário do financiamento do país para a entidade em permanente.
O republicano encerrou a carta dizendo que não poderia permitir que “os dólares dos contribuintes americanos continuem financiando uma organização que, em seu estado atual, claramente não atende aos interesses dos Estados Unidos”.