Um preso na Bahia custa R$3mil por mês, diz Nestor Duarte
Muitas são as pessoas que demonstram indignação ao saber a quantidade de dinheiro público, arrecadado por meio dos impostos dos trabalhadores brasileiros, gasto com presidiários em todo o país.
Nestor Duarte Neto atual secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização da Bahia, desde a gestão do governador Jaques Wagner, relata os desafios da pasta e o momento que vive o sistema penitenciário no Brasil e no estado em uma entrevista ao jornal Tribuna. Segundo ele, o estado quase dobrou a quantidade de vaga nos presídios, da segunda metade do último mandato de Jaques Wagner até a atual gestão de Rui Costa, ainda assim, faltam vagas.
“O que me chama a atenção é a falta de vaga no sistema prisional e as alternativas de ressocialização”, disse. Ele explicou que houve a criação de uma secretaria com o objetivo de humanizar o sistema criando novas vagas e de avançar na área de ressocialização.
Ele revela que o esforço tem sido contínuo nas melhoras para o sistema prisional, mas os custos gerados por um preso ainda são bastante elevados.
Entre concursos, unidades com empresas privadas fazendo a alimentação, e a gestão do agente penitenciário, com os diretores e vice-diretores, tudo isso gera um investimento mensal para o estado de R$ 2.900 à R$ 3 mil por cada preso. Em outros estados, esse valor sobe para R$ 5 mil ao mês.
“Um preso significa R$ 3 mil, enquanto o menor infrator, que nos obriga a ter, pelo menos, três cuidadores, R$ 12 mil”, frisou Duarte.
De acordo com o secretário, medidas para mudar essa realidade estão sendo estudadas e começam a ser aplicadas, a exemplo da prisão domiciliar, através do uso das tornozeleiras.
A Bahia tem quinze mil presos e pouco mais de 13 mil vagas, por conta da construção do presídio de Brumado, segundo a declaração de Duarte.