Unijorge realiza cobrança indevida e estudante aciona Justiça após ser impedida de se rematricular
Caso foi denunciado ao programa PNotícias, da Piatã FM
Devido à pandemia do novo coronavírus, as instituições de ensino têm se adaptado ao, até então, pouco explorado método de aulas remotas. Como forma de seguir os planos de graduação, a Unijorge também se adequou à nova realidade estudantil de aulas e suporte ao estudante não presencial. Apesar de parecer ser a única maneira de continuar a oferecer os serviços, a instituição não tem demonstrado interesse em auxiliar eventuais problemas com matrículas, por exemplo, como denuncia a universitária Juliana.
A jovem entrou em contato com o PNotícias para relatar as dificuldades que vem enfrentando no semestre 2020.2, quando foi impedida de realizar sua rematrícula por causa de uma suposta dívida com a instituição. De acordo com o relato, Juliana ingressou na Unijorge no ano de 2018, utilizando uma bolsa que cobria 85% dos custos do curso de Engenharia Civil. Após uma falha de comunicação, a responsável financeira da jovem, sua mãe Rosana, contou que para realizar a matrícula do semestre seguinte foi necessário fazer um acordo.
A família contou ainda que, no segundo período do curso da jovem, ela havia adquirido uma bolsa estudantil completa, ou seja, dali em diante não seria necessário realizar qualquer tipo de pagamento com relação aos estudos.
Ainda segundo a estudante, quando precisou se submeter ao processo de rematrícula em julho de 2020, o que corresponde ao seu 6° período na faculdade, foi surpreendida com a informação de que havia uma pendência financeira com a instituição. “Disseram que o valor do acordo foi cobrado errado, mas o que eu tenho a ver? Paguei o que foi informado pra minha filha continuar estudando”, contou Rosana, mãe da jovem.
A então responsável pela universitária relatou que não demorou a contatar a Unijorge para resolver a problemática. “Tentei de todas as formas: presencial, disseram que não podia; pedi para transferirem minha ligação ao setor financeiro, não conseguiram; cheguei a pedir o número de lá [do setor], mas não me deram”, disse.
Com o passar dos dias, a preocupação aumentou: as aulas remotas iniciaram entre o final do mês de agosto e início de setembro, mas a jovem ainda tinha dificuldades para finalizar sua rematrícula. “Precisamos colocar um advogado, não teve jeito. Ele falou que tínhamos ganhado uma liminar para que a faculdade liberasse o acesso para as aulas, mas até sexta [16] ela não conseguiu entrar”, continuou o relato.
A denunciante informou ao PNotícias que a instituição chegou a cumprir a determinação judicial e o acesso da aluna à plataforma de aulas foi concedido na última terça-feira (20), mas não recebeu qualquer tipo de esclarecimento acerca da cobrança indevida e de outros prejuízos de caráter educacional.
O PNotícias procurou a Unijorge que, através da sua assessoria, confirmou que a matrícula da universitária foi regularizada, entretanto não respondeu aos questionamentos ligados à reposição dos conteúdos e avaliações perdidos durante o período de aproximadamente 2 meses.
A família denunciante afirmou que, após toda indisposição com a faculdade, não espera apenas que o protocolo interno seja normalizado, mas que o desgaste emocional seja recompensado. “Eu quero tudo e mais um pouco. Isso é uma humilhação pra minha filha”, desabafou Rosana.
Ao PNotícias, a mãe da jovem relatou que a universitária tem passado por momentos complicados, uma vez que se sente prejudicada em relação aos outros estudantes que acompanham o conteúdo desde o início do semestre. “Ela tem assistido às aulas chorando. Ela fala: ‘Poxa, mãe, eu tô triste. Eu sempre fui uma boa aluna, não sei o que vai acontecer'”, falou emocionada. Rosana ressaltou ainda que, além da falta de posicionamento da Unijorge, sua filha não tem recebido suporte dos professores e pretende insistir no processo com auxílio do seu advogado.
P Noticias
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