veja vídeo;Manifestação marca enterro de cabeleireira morta em Simões Filho
Protesto considerado pacífico ocorreu na manhã desta terça (28) na cidade de Simões Filho. Ana Paula tinha 26 anos e foi morta a facadas, após ser violentada dentro do próprio apartamento.
Uma manifestação por pedido de justiça marcou, na manhã desta terça-feira (28), o enterro da cabeleireira Ana Paula da Silva Gomes, 26 anos, que foi morta na tarde de domingo (26), após ter sido violentada sexualmente dentro do próprio apartamento, no Conjunto Residencial Palmeiras, bairro Vida Nova, em Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) registrou o homicídio por volta das 15 horas do último domingo, mas, a polícia suspeita que o crime teria ocorrido ainda no sábado, momento em que a família apontou o desaparecimento da cabeleireira.
Centenas de pessoas, entre familiares e amigos, passaram pelo velório da jovem, quando ela foi enterrada no Cemitério Municipal de Simões Filho. Nos rostos, tristeza e revolta. Alguns minutos depois do enterro, cerca de 50 manifestantes participaram de passeata em protesto contra o brutal assassinato da cabeleireira, que estava sumida e foi encontrada na tarde de domingo, com diversas perfurações provocadas por arma branca. Ela apresentava sinais de estrangulamento e de violência sexual.
Desabafo
Uma parente da vítima desabafou a dor de ter perdido Ana Paula para a violência e acrescentou a revolta da família. “Familiares e amigos que estão aqui presentes fazendo essa manifestação com todo o respeito, querem apenas que seja feita justiça e que a polícia coloque o criminoso na cadeia.”, disse.
O protesto teve início na Avenida Elmo Serejo Farias, em um trecho que fica em frente ao Cemitério São Miguel. Familiares e amigos usaram cartazes e gritaram palavras de ordem, pedindo atenção das autoridades para o caso.
Um dos cartazes exibidos durante o protesto trazia a inscrição “a injustiça é a mãe da violência”, referindo-se à onda de violência na cidade. No ano passado, outra mulher foi morta de forma semelhante à de Ana Paula em Simões Filho, nas imediações do bairro Cia II.
O crime
Ana Paula morava em uma comunidade conhecida como Condomínio Residencial Palmeiras, em um apartamento do bloco 20, pertencente ao Programa Federal Minha Casa, Minha Vida.
Ex-funcionária de uma empresa localizada no Centro Industrial de Aratu, qualificada por clientes e amigos, como uma pessoa tranquila e trabalhadora, nos últimos meses, atuava como cabeleireira, em um salão de beleza situado na Rua das Granjas, bairro Pitanguinha Nova.
Vizinhos, amigos e parentes ficaram perplexos com a crueldade imposta pelo assassino. Ana Paula foi violentada sexualmente, torturada e morta com diversas facadas em várias partes do corpo. Desde sábado, um dia antes do crime ser desvendado, que a família não tinha contato com a vítima.
De acordo com informações enviadas pela polícia, foram os familiares que arrombaram a porta do apartamento e encontraram o corpo de Ana Paula caído na cama.
A vítima foi encontrada sem roupa e com várias perfurações em diferentes regiões do corpo. De acordo com a polícia, o corpo da vítima possuía sinais de violência sexual.
Uma das clientes dela, que preferiu não se identificar, comentou para o Fala Simões Filho que Paula era bastante tranquila, trabalhadora e dedicada ao filho, de apenas 07 anos de idade.”Percebia nela [ Ana Paula] muita vontade de crescer, pois era comprometida com o serviço, no salão de beleza. Nunca a vi em companhias de pessoas de índoles duvidosas.”, destacou.
Populares informaram ao Fala que a vítima não era casada e tinha um filho. “ Ela era uma pessoa que não tinha muitas amizades no residencial. Eu percebia ela chegar a bordo de uma motocicleta modelo Biz e ficar mais tempo dentro do apartamento.”, comentou.
ma mulher, moradora de outro bairro de Simões Filho, ainda bastante abalada , comentou que conhecia a vítima, pois tinha trabalhado juntas, numa empresa do Centro Industrial de Aratu. “ Meu Deus ! Que crueldade…Ela era ótima pessoa, funcionária comprometida. Eu tive a oportunidade de ser colega de trabalho dela, na empresa Taurus, que fica no Cia.”, pontuou.
A autoria e a motivação do crime ainda são desconhecidas.. A Delegacia Territorial de Simões Filho será encarregada de investigar o crime.
Investigação
A polícia não divulgou o andamento das investigações, mas informou que já existe uma linha a ser seguida, de crime passional. Familiares e amigos serão ouuvidos, no decorrer da semana, para traçar o caminho feito por Ana Paula, nas primeiras horas do último sábado. As investigações do crime estão a cargo da Delegacia de Territorial de Simões Filho.
fonte Ofala.com