Vereador lembra o ‘Dia Mundial da Diabetes’ e propõe merenda escolar diferenciada
14 de novembro: essa é a data que lembra o ‘Dia Mundial da Diabetes’. O tema tem sido discutido na Câmara de Salvador e fez parte de um projeto (PIN Nº. 493/2015) encaminhado pelo líder da oposição, Luiz Carlos Suíca (PT), ao governador Rui Costa (PT), que pretende tornar obrigatória a aplicação de políticas do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) nas prefeituras de toda a Bahia, a fim de proporcionar uma alimentação diferenciada aos alunos diabéticos, obesos e celíacos. “O objetivo é atuar não apenas na prevenção do Diabetes, mas também de outras doenças que afetam as pessoas já na infância e adolescência. É na alimentação que podem assumir riscos, logo, o projeto atua focado na incidência direta”, explica. O desafio, segundo o edil, “é que as escolas recebam a merenda escolar, conforme orientações do Pnae, e que os alunos sejam acompanhados por profissionais especializados em saúde alimentar”.
R$ 3,8 bilhões é o orçamento destinado pelo Governo Federal ao Pnae, em 2015, para garantir merenda à rede pública de Educação em todo o Brasil. Mas, administrar esse montante, que afeta diretamente estados e municípios, ainda é uma realidade que não contempla estudantes com necessidades diferenciadas de alimentação nas escolas. “O Governo Federal tem feito sua parte, os prefeitos também podem assumir este compromisso”, defende o edil petista. Em Salvador, algumas iniciativas estão em trâmite no Executivo para que escolas da rede pública possam garantir o acompanhamento de alunos diabéticos, obesos e celíacos. Já em Catu, a 80 Km de Salvador, a articulação entre os governos federal, estadual e municipal tem permitido que os estudantes passem por uma avaliação nutricional e encaminhem à Secretaria de Educação local um documento atestando a necessidade excepcional.
A nutricionista Caline Mendes atua em segurança alimentar e nutricional pela Secretaria de Assistência Social de Catu e explica que o trabalho desenvolvido pelo município é sistemático. “Em rotina, os pais levam os filhos para o atendimento médico. Quando ocorre a identificação dessas patologias, através dos exames, o médico emite um relatório para que o estudante seja acompanhado pelo nutricionista, que também poderá enviar para a escola o documento”, relata. Com experiência também na Central de Alimentação Escolar (CAE) do município, órgão que fiscaliza diariamente a execução do programa, a nutricionista enfatiza “que as diretrizes do Pnae já asseguram o que deve ser feito”. “Só falta se realizar na prática”, frisa.
O “Manual de Orientação sobre a alimentação escolar para pessoas com Diabetes, Hipertensão, Doença Celíaca, Fenilcetonúria e Intolerância à Lactose”, compêndio elaborado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e Coordenação Geral do Programa Nacional de Alimentação Escolar (CGPAE), está disponível para profissionais de Educação e nutricionistas de todo o Brasil.
Ascom-Vereador Suíca