Vereadoras criticam posicionamento de ACM Neto e Fábio Mota sobre transporte alternativo em Salvador
Como em toda reunião, onde não há opositor, chove críticas ao faltoso
O secretário municipal de Mobilidade Urbana, Fábio Mota, e o prefeito de Salvador, ACM Neto, foram duramente criticados pelas vereadoras Aladilce Souza e Vânia Galvão durante audiência pública na manhã dessa terça-feira (5), no Centro Cultural da Câmara Municipal, por demostrarem desinteresse em conversar com representantes das cooperativas que fazem o transporte alternativo em Salvador.
Segundo Aladilce, Fábio Mota não aceitou o convite para comparecer por acreditar que o transporte alternativo é irregular. “Ele (Fábio) me disse que o transporte é clandestino, irregular, e, por isso, não viria aqui nessa audiência”, contou.
“Em meu ponto de vista, o Fábio Mota deveria ter vindo escutar as reivindicações e saber uma maneira de equacionar o problema. Afinal, esse transporte opera há mais de duas décadas em nossa cidade e ajuda a população quando o ônibus do transporte regular atrasa, quebra ou entram em greve”, concluiu a edil.
Mesmo sendo da base aliada do prefeito, o vereador Palhinha esteve presente na audiência prometendo ajudar as cooperativas na luta pela legalização do transporte alternativo. No entanto, preferiu não comentar sobre a opinião de Fábio Mota.
“Não irei entrar no mérito de debater a colação de Fábio, pois ele que deve se explicar. Mas falo da importância dessa audiência pública de buscar uma alternativa para o sistema de transporte que está servindo a população. Estou aqui para abraçar essa causa e ir à luta”, ressaltou.
De acordo com a Cooperativa dos Permissionários do Subsistema de Transporte Especial Complementar do Município de Salvador (Coopstecs), atualmente cerca de 150 mil pessoas utilização diariamente o transporte alternativo em Salvador. “O poder público tem que nos considerar nessa questão e atender também às necessidades dos mais 153 mil passageiros que são transportados por nós todos os dias”, declara Pedro Miranda, presidente da Cooperativa.
Para o presidente da Coopstecs, um dos principais desafios do transporte alternativo no Brasil ainda é o reconhecimento e a importância dada a ele pelo poder público. “Nas comunidades, onde o transporte alternativo atua, ele é muito bem visto. Por exemplo, em Salvador acabou de haver uma troca de frota, compramos 284 veículos e a população que será atendida por eles sente a diferença e a nossa vontade de oferecer o melhor serviço. No entanto, nem todos os nossos representantes se atentam para a importância de nosso trabalho”, completou.