12 vereadores dependem de Neto para destino partidários
Quem vê a peregrinação de vereadores governistas ao Palácio Thomé de Souza pode até acreditar que existe uma busca premente por ações e iniciativas para beneficiar a população. A verdade, todavia, é outra bem diferente. Com a aproximação do fim do prazo legal para mudança de legenda antes das eleições de 2016, os edis vão atrás da benção do prefeito ACM Neto (DEM) para encontrar o futuro – e não é nas cartas, búzios ou quaisquer apetrechos pouco ortodoxos. Sob a batuta do prefeito, 12 vereadores ainda esperam definição sobre qual ninho devem se esquentar no próximo pleito. À Neto, além de gerir Salvador, cabe a responsabilidade de operar as contas (e acertar) para não deixar nenhum correligionário de fora da Câmara Municipal de Salvador no próximo ano.
Estranho no PTN, que hoje é oposição a ACM Neto, Atanázio Julio deve migrar para o PPS, assim como Antônio Mário – que está no PSB, mas, ora sobe no palanque de Neto, ora bate-ponto em eventos com o governador Rui Costa. Expulso do PT, J. Carlos Filho tinha como destino certo o PDT, mas as conversar com os pedetistas não renderam casamento e o vereador caminha para o PV. Outro que vai esvaziar o PTN e virar verde é Beca, declaradamente em desacordo com a direção do atual partido na Bahia. Também quase ex-PTN, Kiki Bispo deve migrar para o PDT, assim como o vereador-radialista Leandro Guerrilha (hoje, no PSL). Outro que já está de martelo batido é Duda Sanches (PSD). Em discordância com sua legenda, Duda deve ser acolhido pelo DEM.
Evangélico e insatisfeito com a situação do PR, Isnard Araújo vai, se tudo der certo, para o PRB, também ligado ao nicho Universal. Entre os indefinidos estão Tiago Correia (PTN), Sabá (PRB) e Henrique Carballal (Sem Partido). Para eles, no entanto, o prefeito estaria a guardar legendas menores – que podem dar número na composição de uma futura chapa. Euvaldo Jorge (PP), também deve sair debaixo da aba de Rui e ser do Solidariedade ou PSDB. A conta, no entanto, não deve fechar fácil. Além dos vereadores da legislatura atual, o prefeito ainda precisa realocar eleitoralmente aliados de outrora, como Heraldo Rocha e Téo Senna, ambos do DEM, e Maurício Trindade (Pros).