Vereadores divergem sobre queda de arrecadação municipal
Vice-líder do prefeito ACM Neto (DEM) na Câmara, vereador Léo Prates (DEM) / Foto: Valter Pontes
Os vereadores de Salvador divergiram quando o assunto da arrecadação municipal foi posto no centro do debate político soteropolitano. Artigo publicado na Tribuna, ontem, mostra que a frustração na arrecadação de recursos, através de impostos e repasses governamentais, pode ameaçar projetos da prefeitura, a exemplo das obras no bairro do Rio Vermelho e Armação, por exemplo. O vice-líder do prefeito ACM Neto (DEM) na Câmara, vereador Léo Prates (DEM), discordou do ponto de vista. Para o democrata, não houve uma baixa arrecadação, mas uma frustração da expectativa que foi criada para o ano fiscal de 2014, ação que não afetará as obras em desenvolvimento na cidade. “A prefeitura obteve um levantamento financeiro maior e melhor que em 2013, ou seja, não há baixa. Prevíamos R$ 6,3 bilhões e já arrecadamos R$ 1,6 bilhão. Se sabe que o esperado não será concluído até o fim do ano, mas tivemos um avanço. Quanto às obras em andamentos, elas não serão prejudicadas, pois os recursos estão assegurados, não há o que se preocupar. O fato é que precisamos de novos recursos para investimentos grandes, como o BRT e o Hospital Municipal e o projeto de alienação dos terrenos assume um papel fundamental neste fator”, alegou. O líder da oposição, vereador Gilmar Santiago (PT), pensa diferente do seu colega de legislatura. O petista informou que a baixa arrecadação citada no artigo e apresentada pelo chefe da Fazenda municipal era uma situação esperada pelos setores envolvidos. “Nós alertamos. Houve uma divulgação midiática de que a prefeitura teria uma grande arrecadação, caminharia com as próprias pernas e o que aconteceu não foi isso. Nós dissemos que a melhor forma de arrecadar para receita seria incentivar a base produtiva, criar emprego e renda. Mas o prefeito quis a forma mais fácil: arrochar nos impostos. Quis a qualquer custo subir”, disse. Questionado se o caso foi uma frustração, como argumentou Prates, Santiago discordou. “Não foi frustração, foi expectativa falsa, isso sim. Já era previsível o insucesso desta arrecadação. Como diz o ditado popular, a dose excessiva do remédio mata o doente”.
Victor Pinto, Tribuna