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2 October 2024

Vereadores sem partido terão destinos traçados por ACM Neto

O retorno dos vereadores Beca e Kiki Bispo à base do prefeito ACM Neto (DEM) na Câmara Municipal significa um reforço no time do democrata

O retorno dos vereadores Beca e Kiki Bispo à base do prefeito ACM Neto (DEM) na Câmara Municipal significa um reforço no time do democrata, mas também um trabalho a mais, pois terá que articular politicamente a ida dos dois legisladores para um partido do seu grupo, já que ambos estão de saída do PTN, antigo aliado do gestor. Os dois vereadores se juntam a J. Carlos e Carballal, outros dois edis que estão sem partido desde que saíram do PT, e agora são quatro desamparados partidariamente.

Nos bastidores do Palácio Thomé de Souza, as especulações são de que a maior parte deles pode desembarcar no PV, presidido na Bahia por Ivanilson Gomes. A legenda verdista já teria sondado Kiki Bispo e Beca, que também foram cortejados pelo PDT e Solidariedade. Quem já estaria com negociações avançadas com o PV é Carballal, que também foi alvo de rumores sobre uma eventual ida para o PMDB. Como o prazo vai até o início de outubro, a um ano das eleições municipais, para se definir as mudanças de domicílio partidário, o prefeito ainda tem agosto e setembro para costurar sua base aliada.

No caso do PTN que vive uma debandada dos seus membros, como o deputado estadual Carlos Geílson, o ex-prefeito de Camaçari José Tude, o vereador Geraldo Júnior que saiu em 2013, além de Kiki Bispo e Beca, Atanázio Júlio e o edil licenciado Tiago Correia estão na fila de espera da definição do prefeito, que vai organizar seu quebra-cabeça. Constam ainda aguardando um parecer do democrata o vereador Euvaldo Jorge, que atualmente é presidente do PP na capital baiana, mas não esconde seu apoio ao prefeito democrata, participando de inaugurações de obras da prefeitura na cidade. Leandro Guerrilha, que se elegeu no PSL, também espera um aceno do gestor.

O vereador Duda Sanches está na mesma condição do pai, o deputado estadual Alan Sanches. Ambos são do PSD, mas Sanches pai não gostou da forma como o governo estadual lhe tratou e decidiu deixar o partido aliado de Rui Costa. Agora, os dois pessedistas estudam a desfiliação do PSD para ingressarem na ala do prefeito ACM Neto, indo, consequentemente, para um partido de oposição ao governo petista.

Atanazio Júlio e o vereador licenciado Tiago Correia, ambos do PTN, querem o aceno do chefe do Executivo soteropolitano para também deixarem seus partidos atuais.

Em todo o caso, muitos deles esperam a definição da chamada janela partidária, que já foi aprovada na Câmara Federal, mas precisa ser apreciada no Senado antes de outubro para ter validade no pleito do ano que vem. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) prevê que os políticos insatisfeitos com seus partidos poderão migrar de legendas, durante os 30 dias que antecedem o período de um ano para as eleições, sem prejuízo dos seus mandatos eletivos.