Viciado em pornografia afirma preferir filmes pornôs que uma mulher de verdade
Daniel Simmons (Foto: Reprodução)
O hábito de assistir filmes pornôs todos os dias era tão comum para o inglês Daniel Simmons que ele não percebeu que estava se tornando um viciado em pornografia. De acordo com reportagem da emissora britânica BBC, antes de buscar ajuda profissional, Simmons, que atualmente se recupera do vício, não conseguia se concentrar nas tarefas do dia a dia e nem se relacionava sexualmente com mulheres “de verdade”. "Eu assistia pornografia duas horas por dia. Não conseguia focar minha atenção em atividades normais, cotidianas. Não fazia ideia de que na verdade tinha um problema com pornografia. Eu negava o problema, mas fui viciado durante seis anos”, conta.
Sua percepção sobre seu comportamento compulsivo começou a mudar quando Simmons descobriu um site para viciados em pornografia e percebeu que "não estava mais sozinho". O homem comparou sua recuperação a de um usuário de drogas. "Passei cem dias em abstinência de álcool e de masturbação. As primeiras duas semanas foram horríveis, com mudanças repentinas de humor. Foi muito duro. Passei noites sem dormir e às vezes acordava suando frio. Às vezes, sem motivo, eu começava a tremer. Meu corpo inteiro tremia e eu não sabia por quê", recorda.
Simmons conta ainda que tem algumas recaídas, mas que elas não são nada graves, e que só conseguiu voltar à rotina depois de ter sua vida sexual bastante afetada. "Eu não conseguia ter ereções com mulheres de verdade porque eu tinha assistido tanta pornografia. Não era mais excitante estar com uma mulher de verdade. Me sentia mal, não sabia o que havia de errado comigo. Sexualmente, não conseguia sentir nada por ninguém. Não tinha libido, minha libido parecia falsa. Eu tinha libido por pornografia, mas não por seres humanos reais”, relata. Simmons diz que não assiste pornografia há um ano e meio, ajudado por sessões diárias de meditação. "Com certeza muitos por aí têm um problema, mas estão se escondendo, e falar sobre isso é algo que eu quero fazer porque acho necessário."
Segundo Robert Hudson, terapeuta que trata pessoas viciadas em sexo, as pessoas não devem para de consumir pornografia, pois ela não é o problema. "É parecido com beber. A maioria das pessoas consegue tomar um drinque em segurança. (A pornografia) começa a ter consequências sérias quando começa a tomar conta da sua vida", diz o especialista. "Ela se torna um problema quando você começa a cancelar atividades familiares ou encontros com amigos porque você quer ir para casa assistir pornografia”, afirma.
Por: Bahia Noticias