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22 November 2024

Vídeo de Ivete sobre mercado livre de energia é excluído do Instagram; entenda

Foto: Reprodução/Instagram

O vídeo publicitário de Ivete Sangalo a favor do mercado livre de energia elétrica foi removido das redes sociais da cantora e da Omega Energia, empresa que contratou o comercial.

No vídeo, o produto oferecido pela cantora pode induzir o consumidor ao erro, já que nele Ivete prometia a mudança do provedor de energia com a facilidade de quem muda de operadora de celular e não é bem assim. 

 

A Omega Energia é uma empresa dona de complexos eólicos e pequenas usinas hidrelétricas. No vídeo promocional, Ivete aparece conferindo uma conta de energia e afirmando que está muito cara. “E se a gente pudesse escolher a energia mais barata e de quem comprar do mesmo jeitinho que a gente escolhe operadora de celular ou banco? Parece estranho, mas isso já existe aqui no Brasil”, diz a cantora em seguida pedindo que as pessoas compartilhem. 

O projeto citado por Ivete é o PL 414/2021 (íntegra – 191 KB). A proposta que dá direito ao consumidor de escolher de quem vai comprar energia. Porém não está evidente na projeto quem vai se beneficiar com isso e parece uma realidade muito longe dos mais pobres. 

De acordo com o Poder 360, o projeto tramita em uma comissão especial na Câmara dos Deputados. Em agosto de 2022, Arthur Lira (PP-AL), o presidente da Câmara, prometeu pautá-lo em outubro depois das eleições. O Projeto pode ter um efeito oposto ao que diz Ivete no vídeo, aumentar a conta de luz do consumidor cativo (residências e pequenos comércios) e baratear a energia de grandes consumidores, que terão poder de negociação.

Não se sabe se a artista sabia o que defendia ao gravar o vídeo para a empresa. O texto demonstra intenção de ajudar os mais pobres.

A publicação ainda informa que segundo a minuta disponível para consulta no Ministério de Minas e Energia, o consumidor comercial e industrial em baixa tensão poderá escolher o seu fornecedor de energia a partir de 2026. Já o consumidor residencial e rural terá liberdade de escolha apenas a partir de 2028.