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27 November 2024
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Você sabia? Câncer de Pênis está ligado à falta de higiene íntima

O pênis também pode ter câncer? Mas que a principal causa desse mal é provocada por conta de uma higiene íntima inadequada? E que se a doença não for tratada a tempo e corretamente pode levar à amputação do membro e até a morte?

De acordo com dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), o tumor de pênis representa apenas 2% de todos os tipos de câncer desenvolvidos pelo homem. Mais frequente nas regiões Norte e Nordeste, onde o acesso à informação quanto à higiene íntima é deficiente e as condições socioeconômicas são precárias, essa doença provocou 363 mortes no ano de 2010.

Embora ocorra com maior incidência em homens com mais de 50 anos, esse problema vem crescendo na população masculina mais jovem, uma vez que está diretamente ligado ao vírus do HPV (papilomavírus humano), que pode ser contraído durante relações sexuais sem o uso de preservativos.

Fotos:

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Principais fatores de risco

Higienização local precária, acúmulo de esmegma (determinando irritação crônica e alterações celulares).

Fimose – dificuldade de exposição da glande (cabeça do pênis) devido ao estreitamento do prepúcio (pele que reveste a glande)

Baixo nível socioeconômico e falta de informação

Doenças sexualmente transmissíveis (infecção pelo vírus HPV tipos 16 e 18 conforme evidências de alguns estudos epidemiológicos)

Prevenção

Educação da população com o cuidado de higiene

Uso de preservativo nas relações sexuais

Cirurgia de fimose ou de prepúcio exuberante na puberdade

Diagnóstico

O exame físico e a biópsia da lesão suspeita são elementos fundamentais no diagnóstico do câncer de pênis. Quanto mais precoce o diagnóstico, maior a chance de cura.

Através do exame clinico é possível identificar uma lesão vegetante ou ulcero-vegetante, que acomete inicialmente a glande (80%), prepúcio (15%) ou sulco coronal – região entre a cabeça e corpo do pênis (5%) e o aumento dos gânglios inguinais (local frequente de metástases).

Alguns exames de imagem como a Tomografia computadorizada (TC) e Ressonância magnética (RM) são utilizados no estadiamento da doença e planejamento do tratamento.

Tratamento

O tratamento do câncer de pênis, assim como outros tumores, é determinado pela gravidade e extensão da doença. A cirurgia constitui o tratamento mais utilizado, principalmente para o controle local, sendo, muitas vezes, necessária a amputação parcial ou total do órgão e retirada dos gânglios inguinais. A quimioterapia geralmente é indicada em casos de doença avançada ou metastática. Em alguns casos, a radioterapia pode ser considerada.

Sintomas

Homens não circuncisados – com prepúcio, pele que reveste a glande do pênis – são mais propensos a desenvolver esse mal, principalmente por causa da má higiene do local, uma vez que a pele no entorno do pênis pode esconder secreções, fluídos e bactérias.

Os principais sintomas dessa doença são feridas ou úlceras persistentes, e também pequenas tumorações na glande, no corpo ou no prepúcio. Esses indícios associados a secreções e ao mau cheiro elevam bastante à chance da incidência desse mal

Autoexame

A forma mais fácil e eficaz de detectar qualquer tipo de problema no pênis é realizar o autoexame com frequência. Para isso, basta ficar atento aos seguintes sintomas:

– perda de pigmentação;

– manchas esbranquiçadas no órgão;

– feridas e caroços no pênis;

– secreções e mau cheiro;

– ínguas na virilha ou no membro;

– inflamações duradouras, com vermelhidão e coceiras persistentes.

Assista ao vídeo:

Fonte: Instituto Oncoguia